A pior coragem é a coragem da vaidade.
Os procedimentos estéticos invasivos –
TODOS – têm muitos riscos, de acordo com a técnica usada, as doenças que o
paciente já apresenta, os medicamentos que usa, o estilo de vida, o sol, o
fumo, etc...
Há mais de vinte anos surgiram preenchedores. Tentei em amigos,
pouquíssimos pacientes, e gostei do resultado. Mas os critérios de uso e o modo
de uso (técnica) são rigorosíssimos. E os riscos me assustaram.
Como não vejo a dermatologia como
uma especialidade voltada para a estética, e sim para o tratamento de doenças e
para a cosmiatria, não dei continuidade a tratamentos deste tipo. Encaminho para
cirurgiões plásticos de minha confiança e faço advertências ao paciente: “se eu
fosse você, eu não faria...”.
Alguns anos depois começaram a
surgir complicações dos preenchedores. Complicações tardias, quase sempre, com
expulsão do implante, necrose de tecidos, entupimento dos vasos sanguíneos.... Não
existe NADA sem risco na vida.
Portanto, minha recomendação é
que não se faça nenhum tipo de implante permanente nos tecidos. A gente tem que
se respeitar. E pensar também no futuro.
A velhice é uma bênção. E os
substitutos da perda da aparência jovial estão todos na nossa frente, ou
melhor, dentro da gente. A gente é que se nega a ver.