A resposta é SIM. Experiências com ratos submetidos a intenso estresse comprovaram que ocorre diminuição da duração da fase de crescimento dos cabelos, bem como passagem dos cabelos mais rapidamente à fase de repouso e de desprendimento (queda).
Entretanto, para que se qualifique uma queda excessiva de cabelos (mais de cem fios por dia) como sendo por estresse emocional, deve-se excluir, através de exames, tantas outras causas de queda, como: pós-operatório ou pós-parto, calvície hereditária (cada vez mais comum nas mulheres), uso de medicações que causem queda, uso de tintas e alisantes, dietas de emagrecimento, deficiências nutricionais (dietas com excesso de gorduras e baixa proteína, principalmente, além da deficiência de ferro e de zinco), doenças auto-imunes ou infecciosas, bem como doenças consuntivas. O couro cabeludo deve ser examinado através da dermatoscopia e, em alguns casos, o tricograma e a biópsia podem ser necessários. Deve-se também controlar a dermatite seborréica, cada vez mais comum devido a lavagem pouco freqüente dos cabelos, uso excessivo de cremes após a lavagem e mudanças climáticas (tempo mais seco e/ou frio).
É comum também, durante um período de grande estresse, ocorrência de surtos de acne na pele, dermatite seborréica da face, couro cabeludo e até do corpo (por exemplo, virilhas e genitais), alterações no crescimento e formato das unhas (que podem até se desprender), bem como variações na quantidade e composição do suor e também das glândulas sebáceas.
A pele e o cérebro têm a mesma origem no embrião, curiosamente, o que nos explica a influência da nossa psique em todo o tegumento.
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