Não há situação mais comum: uma pessoa com mais de cinqüenta anos vai a um geriatra ou ortopedista que recomenda exposição solar para que se “fixe o cálcio nos ossos”. Em seguida, vai a um dermatologista que diz: “não se exponha ao sol, pois corre o risco de ter câncer de pele!”. A pessoa fica então dividida, confusa, sem saber se pode até mesmo confiar nos médicos.
Então vamos lá: o cálcio é um mineral que está em constante “passeio” pelo corpo, no sangue, na pele, e entrando e saindo dos ossos. Para que este passeio do cálcio se dê de forma adequada, é necessário que, na pele, sob influência dos raios solares, a vitamina D sofra uma pequena alteração, já que o cálcio e a vitamina funcionam em parceria.
Mito 1: deve-se ficar no sol vinte minutos por dia para que os ossos tenham quantidade adequada de cálcio. Falso.
Mito 2: o protetor solar impede que a vitamina D sofra as alterações necessárias na pele. Falso.
Já está comprovado que as mínimas doses de raios solares diárias são suficientes para que o cálcio e a vitamina D trabalhem “no esquema”. E o protetor solar não impede que estas reações ocorram adequadamente.
Portanto, viva normalmente. Proteja-se do sol com protetores solares, ingira dois copos de leite desnatado por dia, pratique musculação (aumenta a quantidade de cálcio no osso) e caminhe, caminhe muito por aí.