A causa da calvície genética é conhecida. Algumas pessoas – homens e mulheres – são mais suscetíveis à ação do hormônio DHT, que ocasiona afinamento e queda dos cabelos.
Há mais de quinze anos diversos produtos são utilizados para deter a queda hereditária dos cabelos: minoxidil (59% de melhora), bloqueadores do hormônio DHT (finasterida, Fabao 10D, Serenoa repens, com até 89% de melhora), além de estimulantes da irrigação sangüínea do couro cabeludo e de nutrientes como a biotina e a cistina.
É mito achar que os cabelos caem por serem lavados com frequência. Por outro lado, tratamentos químicos podem ocasionar queda, o que é chamado de “indução rápida de telógeno”: tinturas, relaxamento, escova progressiva ou apenas escovar demais. Na entrada do outono também temos uma maior queda dos cabelos.
A suscetibilidade à calvície é herdada de ambos os pais, sendo que nos homens a herança vem mais do lado materno. Não ter ascendentes calvos não significa que não haverá calvície.
A calvície genética feminina acomete até 80% das mulheres. O processo é apenas distinto do dos homens, na maioria dos casos, e mais lento. E não se pode esquecer que, independente de se herdar os genes da calvície, todos perdemos cabelo com o envelhecimento e morremos com cerca de 30-40% dos cabelos que tínhamos aos 20 anos.
Para que se estabeleça a causa exata de queda de cabelo, é necessário dosagem de proteínas e ferro, de hormônios, ultrassonografia dos ovários e, em último caso, realização do tricograma – exame que analisa em microscópio a proporção de cabelos nas três fases conhecidas: anágena, telógena e catágena. Para a realização deste exame, são arrancados cerca de 100 fios que serão conservados em formol e submetidos à análise dermatoscópica e de microscopia óptica.
Procure em primeiro lugar o dermatologista para avaliar sua queda de cabelos. Não dê ouvidos à opiniões leigas, comunidades de internet ou palpites de profissionais não-médicos.